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Cremos na ceia do Senhor nas figuras do pão e do vinho - 5ª parte - Confissão da

Mário Hort - 10/07/2014

Um dos credos de maior importância para dar legitimidade à condenação para a morte dos calvinistas, no dia 17 de janeiro de 1558, na Guanabara, foi a questão da ceia do Senhor. A confissão “Cremos na ceia do Senhor, nas ‘figuras’ do pão e do vinho”, foi a diferença entre os credos da “transubstanciação” e a “consubstanciação”.

A transubstanciação ensina que o pão e o vinho abençoados para a ceia se transformam em carne e sangue, enquanto a consubstanciação ensina que o pão e o vinho são “figuras” do corpo e do sangue de Cristo. Podemos imaginar que a “interpretação” de opiniões em questões teológicas fez um irmão levar outro à degolação?

O degolamento abortou as colonizações de milhares de famílias que viriam ao Brasil, mas foram para diferentes países do mundo, abandonando o desenvolvimento de nosso país. É óbvio que havia uma série de motivações políticas que foram “usadas” como se fossem disputas religiosas que haviam incendiado a Europa naqueles anos. O Brasil seria totalmente diferente com uma celebração da ceia do Senhor no dia 17 de janeiro de 1558. A história do Brasil seria outra se no lugar do degolamento fosse preparado um altar com a ceia do Senhor.

José de Anchieta e Villegaignon, após ouvir a confissão de fé dos franceses Jean, Matthieu, Pierre e André, poderiam ter convidado os irmãos na fé cristã, para celebrar a ceia do Senhor e o Brasil teria recebido milhares de navios de desbravadores, como aconteceu somente 300 anos mais tarde.

Caim e Abel na Confissão da Guanabara

Após ser escrita a confissão, repetiu-se o que aconteceu quando os primeiros dois irmãos, Caim e Abel, ofereceram sacrifícios a Deus. Gen. 4:3-8. Como resultado do assassinato de Caim, ele teve suas descendências exterminadas pelo Dilúvio. Gen. 6. Judas Iscariotes tomou parte da primeira ceia do Senhor e teve o privilégio de tomar o pão do prato de Jesus (Mt. 26:23), mas logo após a ceia traiu Jesus com um beijo, por 30 moedas de prata (Mt 26:14-16). De Judas temos apenas a história de seu ato vergonhoso, enquanto ele poderia ser um dos mais famosos homens do mundo.

O enforcamento dos autores da confissão de fé da Guanabara foi uma violência que deve ser combatida em nossos corações e na alma de nossa gente, que sofre as consequências da execução que o carrasco se negou a cumprir em 1558. A celebração da ceia do Senhor teria mudado o IDH do Brasil.

A sigla IDH, que significa Índice de Desenvolvimento Humano, foi criada pelas Nações Unidas para classificar os países em termos socioeconômicos. Uma celebração da ceia do Senhor, no lugar do degolamento, teria mudado o IDH do Brasil e de toda a América Latina. Temos o exemplo na colonização da Austrália, que iniciou com o envio de 168 mil prisioneiros, condenados da Inglaterra.

Não temos como refazer a história dos 500 anos, mas podemos aprender com este terrível acontecimento que castiga nossa nação até aos dias atuais. Mas será importante que estejamos na unidade de Jesus, crendo: num único Deus, Pai, filho e Espírito Santo, e na comunhão do Senhor, como quem toma parte da nova aliança no sangue de Jesus Cristo, para a vida eterna.

Mário Hort

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