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Noé, o agricultor que construiu a arca - Parte 3

Isaí Marcelo Hort - 10/08/2014

Noé não foi um homem perfeito. Pelo contrário, a Bíblia revela até mesmo as falhas que ele cometeu, em momentos pessoais com sua família. Porém, em meio a um mundo tão cruel que era o da época, ele se destacou como alguém DIFERENTE de todos. E esta foi a salvação de Noé e de sua família. Ele não foi um mero imitador daquilo que “todo mundo fazia”.

Você já ouviu esta frase: “quando alguém é surpreendido em algum pecado, a primeira desculpa é: ‘mas todo mundo faz!’”? Naquela época “todos faziam” e foram condenados, mas Noé e sua família tinham uma vida diferente. Cuidado! Não seja um imitador da sociedade. 

Quem foi Noé? Qual era a sua profissão?

“Noé foi agricultor, e o primeiro a plantar uma vinha” Gn.9:20. É muito provável que durante os anos que construía a arca, ele tenha continuado a plantar e colher. Sua família precisava trabalhar para o próprio sustento. Não existia um salário para construir a arca.

Além disso, Noé foi um pregador da justiça divina. 2 Pe. 2:5. Apesar do mundo não lhe ouvir nem se preocupar com sua mensagem, ele fazia a sua parte. Eu desejo que este artigo não cause nos leitores apenas o efeito que teve a mensagem deste homem. Porém, mesmo se assim for, cabe-me proclamá-la.

“Imagino Noé: pregava, plantava e construía a arca. As marteladas de Noé certamente doíam nos ouvidos dos que estavam fora dos caminhos do Senhor. As marteladas deste homem diziam que Deus iria fazer justiça. Você se irrita com um pastor falando dos caminhos do Senhor? Incomoda lhe o assunto “fidelidade conjugal”? A mensagem de Noé também não foi agradável na época.

Mais de 40 adolescentes participaram de nossa viagem de passeio ao parque de diversões “Beto Carrero”. Após dois dias de muita alegria e comunhão, começamos a retornar para casa. Já tarde da noite, todos estavam com fome e nós tínhamos comprado pães e bifes para prepararmos na beira da praia de Piçarras (SC), antes de passarmos a madrugada na estrada. Instalamos nossa pequena churrasqueira e fizemos o fogo, enquanto os adolescentes se divertiam correndo pela areia.

Três jovens, com aparência suspeita, sentaram perto do nosso grupo e nos observaram, enquanto bebiam algum tipo de bebida alcoólica. Alguns do grupo perceberam a presença dos meninos e logo vieram avisar os líderes, para ficarem de olho nos três rapazes. O que nós não sabíamos é que, sem falarmos nada, Deus estava martelando no coração daqueles três jovens.

Quando tínhamos terminado de comer, ainda haviam sobrado alguns bifes e eu gritei: “Alguém ainda quer um bife quentinho?”. Para minha surpresa, um desses três meninos suspeitos respondeu: “Nós queremos”. “Já, já estará pronto”, respondi para eles. Sinceramente eu não sabia o que me esperava. Será que teremos um problema?

Terminei os bifes e chamei os meninos. Apenas um deles veio enquanto os outros observavam a distância. “Vocês são um grupo de alguma igreja?”, foi a primeira pergunta. “Sim, viemos do Paraná e estamos voltando daqui a pouco para casa. Como você sabe?”, perguntei. “Nós estivemos observando vocês e logo percebemos que se tratava de um grupo de uma igreja. Somos três jovens, pais de família e estamos desviados do caminho do Senhor. Enquanto nós os observávamos, nós sentimos que não podemos mais continuar nesta vida”.

Só o simples fato da nossa presença martelou na alma dos três rapazes. O jovem pediu que eu orasse por ele e por sua família e disse que iria procurar a sua velha igreja, onde ele ia aos cultos quando pequeno.

Noé não teve sucesso em sua mensagem, mas é testemunho vivo com a arca que construiu e a unidade de sua família. Sigamos o seu exemplo.

Isaí Marcelo Hort

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