Ecos da Liberdade

Durante os preparos da viagem para Holanda, via Düsseldorf, recebemos a visita de um dos amigos mais importantes na defesa da verdade contra serpente das heresias, que tentavam invadir a “tenda” do acampamento do povo de Deus, a igreja.

O amigo foi Edvino Tarón (Pupi), da Argentina. Ele trouxe um clima de festa à nossa casa. Quando observou os cabelos longos de seu sobrinho, disse: “Mário, você sabe que eu nem sempre fui ‘cristiano muy fiel’”.

E logo o padeiro argentino narrou sua fuga dos caminhos de Deus, quando disse: “Eu tentei escapar de Deus e fiz de tudo para evitar um encontro com o evangelista Erich Gajewski, a quem minha mãe havia solicitado que ele me conquistasse para Deus.

Durante um congresso em Buenos Aires, o pastor procurava me tomar pelo braço para falar sério comigo, mas eu escapava durante todos os dias, para não chegar perto dele. Porém, num certo momento, quando entrei pela porta da casa pastoral, dei de frente com este de Deus, que imediatamente perguntou: ‘Edvino, quando você vai se decidir por Cristo, faça isso o quanto antes possível. Mas, eu respondi: ‘Eu vou tomar essa decisão durante os seus cultos que fará na província do Chaco’”.

Durante os cultos no Chaco, Edvino novamente protelou sua decisão e prometeu que se converteria no congresso na província de Missiones.

No congresso em L. N. Alem, Edvino fugiu dos cultos e muito mais de algum encontro com aquele pastor, que não desistia de insistir para sua conversão.

Quando o congresso já havia passado, sua família e vários amigos levaram o pastor palestrante para um recanto, junto a um rio.

Nadando em águas profundas, bem distante da barranca do rio, o jovem avistou o pastor nadando em sua direção e ele sabia que o pastor viria para lhe perguntar, lá no meio do rio, por última vez, por que ele não havia se decidido por Cristo. Ao perceber a nova tentativa do evangelista, o fujão resolveu dar um longo mergulho, ao ponto que sumiu da vista do pastor, e saiu muito distante dele para a superfície da água. Pois, ele não queria entregar sua vida para Deus e assim se livrou da última tentativa, de ouvir uma palavra direta do pastor amigo de sua família.

Após algum tempo, Edvino Taron embarcou em Buenos Aires para seus estudos de confeiteiro na Alemanha. Durante o voo para a Europa, Edvino viu uma bola de fogo saindo da turbina da aeronave. Nesse momento entendeu que seu “voo para Düsseldorf” terminaria num mergulho direto para o inferno. Mas o avião não caiu e Edvino conseguiu fazer seus estudos de confeiteiro. Então, num encontro de jovens na Alemanha, ele tomou uma decisão e aceitou a salvação em Jesus Cristo.

Após sua verdadeira decisão por Jesus, ele resolveu fazer um ano de estudos teológicos na Alemanha.

Conheço Edvino e sua esposa Monica Taron durante muitos anos, e após ouvir o seu testemunho, posso entender ainda melhor o seu “mergulho” profundo nas águas do evangelho de Jesus Cristo, com toda sua família.

Mário Hort